Pirenópolis é uma cidade colonial charmosa e um dos principais destinos “do Goiás”, como dizem os goianos. A cidade dos pireneus é pequena, histórica e cercada de cachoeiras lindas.Ótima pedida para um bate-volta de Brasília ou Goiânia, embora para curtir as cachoeiras e a cidade, um pernoite não é nada mal.
Como chegar lá
Pirenópolis tem aeroporto, mas não é do tipo que tem voos ace$$íveis. Os aeroportos mais próximos são os de Goiânia (107km) e Brasília (150km).
Nesta viagem eu fui de carro saindo de Brasília e as condições da estrada não eram excelentes, mas também não eram ruins. O bom de ir de carro é poder se locomover para as cachoeiras mais afastadas já em Pirenópolis.
=> Dica: Se você não é de Brasília, fique atento aos limites de velocidade no trecho de saída do Distrito Federal onde existem muitos radares/ pardais.
Para quem não dirige ou não tem a sorte de uma carona como eu tive, de ônibus existem 4 saídas por dia de Brasília (R$25,00) e 1 vez por dia partindo de Goiânia (R$20,00), todas pela Viação Goianésia.
Onde dormir
A cidade não é muito grande, mas tem várias opções de hospedagem. De hotéis a camping e nada é muito longe. Para quem está viajando sozinho ou com amigos, indico o hostel que em que fiquei. O Go Hostel fica um pouco afastado da praça principal da cidade, mas mesmo assim dá para ir a pé ao centro e fica já perto dos caminhos para as cachoeiras. O hostel era recém-inaugurado quando fui, mas parecia que ficaria cada vez melhor.
O que se vê lá
Centro Histórico
As construções históricas de Pirenópolis estão por toda parte, com destaque para a Igreja Matriz e o Theatro de Pirenópolis. Tudo muito colorido e bem preservado!
Cachoeiras
São mais de 10 cachoeiras e fica difícil escolher quando se está em um bate-volta. Chegando na cidade, paramos logo no pórtico para pegar um mapa e informações e a senhora que nos atendeu, muito simpática nos deu algumas indicações. Eu aconselho a quem chega na cidade de carro fazer o mesmo, mas resolvi preparar este mapa e um pequeno resumo sobre as cachoeiras porque senti falta de ter tudo reunido em uma só página na internet.
A- Reserva do Abade (17km)
É um pouco afastada (17km), mas vale a pena. A estrada é de terra (você já entendeu que não muito é boa), mas no caminho dá para parar no Mirante do Ventilador e curtir uma vista de Pirenópolis do alto. Visitei no meu segundo dia lá e aconselho a ir logo cedo para aproveitar sem pressa.
A reserva oferece dois circuitos, um apenas para a Cachoeira do Abade e outro dando a volta na reserva, incluindo outras 3 cachoeiras menores, porém vazias, o que vale muito mais a pena.
O caminho desta trilha é calçado, sinalizado e não é de grande dificuldade. A única parte que pode travar alguém é ter que atravessar uma ponte bem alta e de madeira, dessas que balançam, mas é seguro. Eu confesso que para mim foi superação e fiquei mais tensa porque logo atrás da gente vinham coreanos que não saberiam ler a placa “CAPACIDADE MÁXIMA: 02 PESSOAS”.
Adorei o clima do circuito maior, as cachoeiras e a estrutura são ótimas. A Cachoeira do Abade é linda, mas estava muito cheia.
A reserva oferece restaurante, banheiros e vestiários. Custa R$ 20,00 (somente a Cachoeira do Abade) ou R$30,00 (o circuito completo). Funciona das 9h às 16h.
B- Reserva Vargem Grande – Cachoeira St Maria e Lázaro (11km)
Também um pouco afastada (11km), abre todos os dias das 9h às 17h. O ingresso custa R$25,00 por pessoa segundo o site. Tem lanchonete e banheiros. Infelizmente não tive tempo de visitar.
C- Cachoeira Bonsucesso (5km)
Fica bem perto da cidade (5km) e tem um restaurante. A entrada custa R$10,00 por pessoa e funciona das 7h as 17h. Não tive tempo de conhecer, mas parece que é uma das mais procuradas pelos turistas, especialmente pela proximidade.
D-Cachoeira Meia Lua (6km)
Esta foi uma das indicadas pela senhora no pórtico para conhecermos no mesmo dia que chegamos, pois já era hora do almoço. Ela disse que entre as cachoeiras com fácil acesso esta era a mais legal. Fui nela no final da tarde e já estava sem sol . É bem fácil de chegar de carro e a trilha até a cachoeira é bem pequena e calçada. Oferece restaurante.
Funciona das 8h às 17h e custa R$15,00. Mais informações no site.
=> Dica: em geral, a entrada nas cachoeiras só é permitida até 1h antes de fechar, então programe-se!
D- Cachoeira da Usina Velha(3,5km)
Fica no caminho para a Meia-lua e quando passei de carro pela entrada senti que a vibe lá é “farofa”, bem cheia com muita galera e família. Tem um camping no local. Pelo que li na internet não é bem uma cachoeira, mas um monte de pequenas quedas. A entrada custa R$10,00.
E-Cachoeira do Rosário(35km)
Infelizmente não pude ir, mas foi altamente indicada pelas pessoas de Piri. Mais afastada (35km), você encontra mais informações no site. Custa R$40,00 por pessoa.
F- Cachoeira dos Dragões(40km)
Outra que não deu tempo de visitar em dois dias, mas que pelas fotos parece ser muito legal. No local encontra-se um templo budista. Fica no mesmo caminho da Cachoeira do Rosário, só que um pouco depois. Esta precisa de acompanhamento de guia e a entrada custa R$35,00.
Comida
Piri tem muitos restaurantes legais e é delicioso sentar e fazer uma refeição em uma das mesinhas das ruas históricas.
Na hora de escolher, experimente pratos da região como o Empadão Goiano e o arroz com pequi. De sobremesa, escolha um picolé de fruta regional como Cajamanga, Cagaita, Caju do Cerrado e outros…
Festa do Divino e Cavalhadas
Eu estive lá em Maio e não tive a oportunidade de ver, mas recomendo a visita no mês de Junho para o evento mais famoso de Piri: a Festa do Divino. É quando acontecem as tradicionais Cavalhadas, encenações de jogos medievais de cavalaria que duram cerca de 3 dias. Apesar disso, em qualquer época do ano você pode encontrar na cidade artesanatos sobre a festa e visitar o Museu das Cavalhadas (Rua Direita, 39).
A figura profana dos festejos, um mascarado com cabeça de boi se tornou um dos símbolos da cidade e você encontra ele por toda parte.
Como eu vi
Pirenopólis é linda, muito acolhedora e cheia de atrativos. Bom destino para desacelerar e curtir com calma.
Tudo que é “do Goiás” me pareceu muito bom: frutas, comida, gente, cachoeiras… Pena que fiquei pouco tempo por lá, mas pretendo voltar!
Quando estive lá acontecia um evento literário o Flipiri e parece que a cidade tem realizado eventos ao longo do ano para o turismo não parar. Se estiver planejando uma ida a Brasília, não deixe de checar qual a programação cultural de Piri!
Visita feita em Maio/2014
