Quem vai para Belém tem como destino uma cidade grande, mas também pode encontrar logo ali a floresta Amazônica e um delicioso almoço.
A Ilha do Combú fica na margem do Rio Guamá que é oposta a Belém. São mais ou menos 20 minutos de barco até o local, que é visitado por turistas e moradores da cidade que passam o dia nos restaurantes da ilha, sendo o mais conhecido o Saldosa Maloca.
Como chegar
Existem passeios oferecidos por pousadas e agências, mas dá para chegar por conta própria.
Para isso você precisa ir até em um pequeno píer localizado na Praça Princesa Isabel. Não espere grandes estruturas. São poucos e pequenos barcos que cobram (R$4,00) para te levar ao outro lado, mas o restaurante pode oferecer a viagem como cortesia também.
O legal é fazer a travessia no Popopô, um barco comum no Norte, que leva este nome pelo barulho que o motor faz.
O que se vê
- Belém
Quem vai ver Belém precisa fazer este passeio para vê-la do outro lado. Já a caminho da Ilha você nota o skyline da cidade se afastando e, já no outro lado da margem, tem todo o tempo para curtir o visual contrastante de tantos prédios em meio à floresta.
- População Ribeirinha
Sim, existem moradores na Ilha do Combú e você pode ver avistar algumas casas na beira do rio.Acredito que a maioria deles trabalha nos restaurantes.
- Restaurantes
O mais conhecido, e o que visitei, é o Saldosa Maloca, mas percebi que tem mais um ou dois restaurantes próximos. O acesso até qualquer um deles só é possível por barco, então ao desembarcar você já precisa decidir em qual vai ficar. Todos são construídos em palafitas e são verdadeiras áreas de lazer, onde os visitantes também aproveitam para tomar sol e mergulhar no rio.
- Comida Paraense e Cerpa
A comida servida nos restaurantes do outro lado do Rio é simples, mas muito gostosa. O cardápio é baseado na pesca, mas existem outras opções. O preço não é absurdo. Para acompanhar, a cerveja local Cerpa que é leve e cai muito bem no calor de Belém.
Como eu vi
Eu visitei a Ilha do Combú em um Sábado e estava bastante movimentada. Para chegar, tomei um táxi até Praça Princesa Isabel e lá peguei um barco para o Saldosa Maloca, sem pagar nada.
Vale avisar que antes eu havia embarcado em um barco maior, com deque até, mas que iria para outros restaurantes. Só que logo veio um rapaz chamando para ir ao Saldosa Maloca de graça em um popopô e eu troquei.
Lembro que o barco demorou a sair porque tinha um homem nadando rio abaixo, parecendo se afogar e gritando “Jesus tá amarrado e queimado”. Realmente fiquei preocupada, pensei que ele era louco. Depois vi pessoas irem resgatá-lo e ele não aceitar. O barqueiro e as pessoas que vivem lá falaram que era só um bêbado. Depois que meu barco saiu e o vi chegar na margem.
Passei boas horas no Saldosa Maloca, explorando o espaço e a comida. O ambiente é bem rústico e você realmente sente um pouco da floresta.
Na hora de voltar, o barco foi pago e parou em outros restaurantes para pegar mais passageiros. Notei que um tinha espreguiçadeiras e até chuveirão, mas prefiro o clima calmo do Saldosa Maloca.
Sem dúvidas, se estiver em Belém, vale a pena gastar algumas horas para ver o que tem do outro lado.
